2010-03-08

2ª feira é dia de fazer o bem - hoje, Dia Internacional da Mulher, ELAS Mudam a Realidade!



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Agora, vamos ao assunto de hoje. Como todos já sabem segunda-feira para mim é dia de espalhar o bem, é dia de lembrar que, apesar de tanta confusão acontecendo no mundo, tem muita gente se preocupando com o próximo e contribuindo para uma vida melhor.

Sei que me repito, mas é impressionante o número de projetos sociais que têm como principal foco desenvolver o potencial das mulheres - normalmente mães de família! Até me emociono! É isso mesmo gente, porque no final das contas são elas que trabalham, que educam, que estão sempre presentes, que não abandonam nem decepcionam seus filhos!

Hoje quero falar do Elas, um fundo de investimento social voltado exclusivamente para a promoção do protagonismo das mulheres (é o único no Brasil). Mais uma vez, a idéia é que  investir nelas é o caminho mais rápido para o desenvolvimento de um país. Nas palavras do Elas: "Quando se investe nas mulheres, a vida de seus filhos e das pessoas a sua volta se transforma, gerando resultados diretamente em comunidades, cidades, estados e, por fim, em todo o Brasil."

Nós já vimos, aqui mesmo no blog, que esta confiança depositada no "sexo frágil" está presente em vários projetos - a Organização das Nações Unidas (ONU) e outras importantes organizações (inclusive  a  "superpotência" Oprah Winfrey, lembram?) afirmam que as mulheres são as principais agentes de transformação da sociedade. Vocês não acham isso o máximo? Eu acho! São mulheres fortes, sofridas mas guerreiras! São mulheres que têm um sonho e que não desistem nunca.

O Elas atua principalmente nas áreas de promoção de independência econômica, ampliação ao acesso à educação, prevenção da violência contra mulheres, jovens e meninas. Como eles elegem quem vão ajudar? Por meio de concursos - os melhores projetos de pequenos negócios recebem entre 5 mil e 15 mil reais e oficinas de capacitação, gestão administrativa e marketing. Já foram patrocinados 207 núcleos de artesãs do Nordeste, meninas do Hip Hop do Sudeste e vítimas da violência doméstica no Sul. Com esta ajuda, 25 mil brasileiras iniciaram seus pequenos negócios. Gostei tanto do trabalho deste pessoal que quero dividir alguns "cases de sucesso" com vocês:

1) Fazendo Gênero Digital (Grupo Fêmea) - São João do Meriti, RJ: iniciativa que permitiu que mulheres acessassem o universo digital, desmistificando conceitos e descobrindo um mundo de oportunidades - reais e digitais.


De início, elas eram tímidas, resistentes ao equipamento, tinham medo de tocar, achavam que dava choque e que aquilo era apenas para gente jovem. Algumas jamais tinham visto um computador. E foi de botão em botão, de tecla em tecla, que elas foram aprendendo a formatar textos, criar atalhos, inserir figuras, pesquisar sites e enviar e-mails. Craques na Internet e na velocidade do mundo digital, as mulheres foram virtualmente a lugares inimagináveis, entraram em contato com pessoas que não viam há muito tempo e algumas até conseguiram trabalhos.

Para M. o primeiro e-mail foi apenas o início de uma grande virada pessoal e profissional, que deletou da sua vida a violência doméstica. Com o impulso, ela terminou o Ensino Médio e conseguiu emprego como higienista em um supermercado. “Descobrir pela Internet que outras mulheres viviam a mesma situação de violência, foi um grande passo que a levou a reagir e mudar sua história”, destaca Leila.

Mãe de sete filhos, M. foi mais longe. Juntou, com seu esforço e trabalho, dinheiro suficiente para comprar um computador. Hoje, o equipamento tem lugar de honra na casa e é onde ela treina o que aprendeu, se comunica com o mundo e ainda incrementa a renda da família. “Ela está remontando a sua vida. Trabalha e participa de ações e campanhas contra a violência. E ainda acredita em um mundo melhor para as mulheres”, finaliza Leila.

Incrível, né?

2) Quilombo Asantewaa - Centro de Formação para Mulheres Negras, Salvador, Bahia: Cuidar da saúde da mulher negra, moradora da periferia. Trabalhar como multiplicador do conhecimento que garanta o bem-estar das participantes, o aprendizado da sexualidade consciente, a prevenção da gravidez indesejada e das doenças sexualmente transmissíveis.





A iniciativa conseguiu criar nas mulheres a consciência da necessidade do cuidado com a saúde, do uso do preservativo e das visitas periódicas ao ginecologista. “Houve uma mudança na relação da mulher com seu corpo. Elas começaram a compreender o corpo como algo que vai muito além do físico e do biológico”, destaca a coordenadora Ana Rita.

E se o corpo mudou de status, a auto-estima também aumentou, deixando de lado uma visão depreciada da identidade feminina negra em que os cuidados com a prevenção às doenças eram mínimos ou mesmo inexistentes. “As mulheres discutiram e repensaram sobre seus corpos, suas histórias, sua saúde e suas identidades negras”, comenta Ana Rita.

O processo que começou com as mulheres obteve continuidade com a participação e o apoio de todos os integrantes dos bairros periféricos de Salvador.“Percebemos um importante envolvimento da comunidade como um todo, o que gerou reflexões coletivas. Mulheres e homens ajudaram a oficina a acontecer e se comprometeram a continuar tendo atenção à sua saúde”, finaliza Ana Rita.

Para terminar, vejam alguns números: atuando desde 2001, o ELAS – Fundo de Investimento Social já apoiou 180 grupos de meninas e mulheres e doou R$ 901.265,35 diretamente através de concursos de projetos. Além de apoiar financeiramente os grupos, a organização atua junto às integrantes, oferecendo treinamentos e seminários de formação e monitorando suas atividades para maximizar os resultados. O ELAS já apoiou diretamente mais de 25 mil meninas e mulheres e indiretamente mais de 100 mil pessoas.

É bom começar a semana com este sopro de otimismo, com a certeza de que é possível a gente melhorar o mundo e a vida de muitas famílias - e sabe que nem é tão caro, assim? Cada um dos projetos acima recebeu uma ajuda de menos de R$ 5mil. Dá para acreditar que tão pouco dinheiro produz tanto resultado? Quando em mãos honestas, competentes e interessadas, é isso que acontece!

Quer ajudar? Dá uma passadinha lá - http://elasfundo.org/default.asp
É contagiante!

É isso! E amanhã tem mais!



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