2010-03-09

Embalagens que enganam!


A função de uma embalagem  não é só acondicionar e proteger um produto. Embalagens servem também como instrumento de comunicação entre fabricante e consumidor, além de serem poderosos instrumentos de persuasão  - eu já comprei produtos que não conhecia, mas que me convenceram por suas embalagens irresistíveis. Vejam alguns deles abaixo - todos da Bath and Body Works, marca americana, de preço (bem) honesto e de produtos muito caprichados. Lindos, né?

Pois é, mas quero falar neste post sobre o inverso: embalagens que não encantam, mas que irritam e enganam!

Já falamos aqui sobre as embalagens (americanas) que não são claras quanto às informações nutricionais e que acabam induzindo o pobre (e gordo) consumidor a comer mais do que deveria - o incauto comilão acaba achando que está ingerindo menos calorias do que realmente está. Vejam abaixo - produtos pequenos, que intuitivamente acreditamos ser "dose única", mas que ao ler o rótulo percebemos ser o "serving size" ou "tamanho da porção" apenas uma fração  do pacote. Em outras palavras, ao comer uma xícara da sopa (lata inteira) as calorias devem ser multiplicadas por dois. O mesmo vale para o pacote de salgadinho, que aqui mais parece um sachet e para a garrafinha de isotônico.


E o que dizer das embalagens de cigarro (que odeio!)? O uso de palavras como light e suave? Palavras que, claro, induzem o consumidor a acreditar que aquele tipo de tabaco é menos nocivo...tudo balela, né? Nos Estados Unidos estas palavras deverão ser banidas dos maços até o meio do ano. Sabem o que os fabricantes vão fazer? Vão usar e abusar das cores claras, pastéis, lights, induzindo o fumante ao mesmo erro - o de achar que, fumando aquele cigarrinho o dano é menor.


Outra coisa que me tira do sério são os famosos asteriscos, presentes em tantas embalagens brasileiras. Já vi em loções para a pele - produto sem álcool*. Ao consultar o dito asterisco, vi que o produto não tinha um tipo específico de álcool mas que tinha vários outros. O mesmo vale para shampoos sem sal...Fiquem de olho!

Mais um exemplo do malfadado asterisco: vi um shampoo (não me lembro qual a marca) que anunciava em seu rótulo - "cabelo cresce muito mais forte, até 1,3cm por mês*" Para que o asterisco? Para que a gente lesse a ressalva a seguir: cabelos saudáveis crescem 1,3 cm por mês". Ou seja, se lavar os cabelos com qualquer shampoo, seus cabelos vão crescer os mesmos 1,3 cm. Ai que raiva!! Quanta palhaçada!

Por último, um tipo de nomenclatura de produto que só vi no Brasil: leio a embalagem - Queijo Parmesão. A "pegadinha é que entre as palavras "queijo" e "parmesão" há, em fonte menor, a palavra "tipo". Resumindo, você acaba de comprar não um queijo parmesão, mas um queijo TIPO parmesão. O que é isso? O que significa este "tipo"? Será que é "mais ou menos parmesão"? Preço de parmesão mas gosto de meia-cura? Não dá, né?


Agora, por último mesmo, vou lembrar aqui do que o pessoal do blog comacomosolhos.com notou ao comprar esta nova garrafinha da Nestle: Bebida Láctea Alpino. Qual não foi a surpresa desta turma ao dar de cara com a seguinte inscrição na embalagem: "este produto não contém chocolate alpino". Hein?



É isso, gente.
E amanhã tem mais!

2 comentários:

  1. Puxa, Claudia...
    Vou ficar bem mais atenta agora e repassar estas informações a familiares e conhecidos. Propaganda enganosa não é crime? então?!
    bj

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  2. Olíííviaaaa,
    Que saudades! Por onde vc andava? Achei que tivesse enjoado de mim! Tudo bem com você?

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