2010-02-25

Ainda dentro do tema "será que existe limite prá tudo"?



Tentando responder ao título do post, tenho que confessar que aqui realmente não sei. Tendo a ser a favor, mas será que estou vendo tudo? Será que estou sendo superficial, apenas? Queria a opinião de vocês também...

Existe uma empresa no Vale do Silício, Califórnia, USA, chamada Counsyl (www.counsyl com) que está vendendo um teste genético revolucionário! A Counsyl alega que este teste é capaz de detectar mais de cem doenças que futuros papais podem transmitir a seus bebes se forem donos dos genes portadores. Em outras palavras, a Counsyl diz aos casais se eles apresentam o risco de ter filhos com uma série de doenças hereditárias (distrofia muscular, fibrose cística, doença de células falciformes, entre outras.)



A idéia é que os casais, uma vez avisados, possam tomar providências como usar fertilização in vitro com testes genéticos dos embriões para evitar conceber filhos que poderiam desenvolver estas doenças (muitas delas são incuráveis e fatais na infância).

O teste da Counsyl custa US 349 (individual) ou US$ 698 (casal).

Alguns especialistas dizem que outros testes, de outras empresas, estão a caminho.



O assunto gera polêmica. Como já disse, eu tendo a gostar da idéia de um teste que evite doenças e sofrimento para crianças e seus pais, mas muita gente mais inteligente do que eu levanta outras questões: primeiramente há dúvidas com relação à precisão do teste e algum desconforto com o fato de não serem apenas 100 doenças que nos causam problemas. Até aí tudo bem, preocupações óbvias.

A questão mais difícil vem dos críticos que dizem que isso é o primeiro passo para os "bebes de designer" - aqueles em que os pais escolhem as características de seus filhos (sexo, traços físicos). E o que aconteceria depois que os médicos descobrissem o gene responsável pela homossexualidade? Será que os pais iriam dar "sinal verde" para este embrião? E pessoas que sofrem de coisas menos graves como déficit de atenção, como eu? Será que eu não teria uma chance de nascer? Também há uma outra questão, igualmente complexa, que é a que defende que o fato de haverem menos bebês com essas doenças (principalmente filhos de pais que podem pagar pelos testes) signifique um menor esforço para desenvolver tratamentos.

E você o que pensa disso? Estamos falando de um avanço com potencial para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas ou estamos brincando de ser Deus?

É isso, gente!
E amanhã tem mais!

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