2010-02-19

É tão difícil mudar velhos hábitos! Aí vão algumas dicas que podem facilitar o processo!


Li outro dia uma matéria que falava sobre a dificuldade que enfrentamos sempre que queremos mudar um hábito, um padrão de comportamento: parar de fumar, ser mais organizado, emagrecer, ser mais disciplinado... é tudo tão difícil que desanima!

O que isso tem a ver com os consumidores? Muito. Consumidores são seres humanos e entender como o nosso cérebro funcional é crucial para uma boa estratégia de marketing!

Agora voltando ao assunto, o texto dizia que, em alguns casos, a chave do sucesso é tentar, tentar e tentar, sem desistir nunca - aqui se enquadra, por exemplo, o repugnante hábito de fumar (odeio cigarro, odeio sua fumaça e odeio mais ainda o cheiro deste veneno!). O escritor americano Mark Twain dizia que parar de fumar tinha sido a coisa mais fácil que ele já tinha feito - "e disso eu entendo, já parei umas 1000 vezes", brincava ele. É isso mesmo, pesquisas indicam que um fumante médio precisa de oito a dez tentativas antes de obter sucesso e definitivamente abandonar este vício pernicioso.




Assim, uma dica é: tente, não desanime, tente, motive-se, tente, tente, que uma hora acontece! Ainda repetindo Mark Twain: " A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau."

A Wikipedia, a enciclopédia online que pode ser editada por qualquer um, é um exemplo vivo do poder da colaboração! Aliás, é de colaboração que vive a Wikipedia! Assim, também num caso de mudança de hábito ou quebra de padrões nocivos de comportamento, aproveite a colaboração de comunidades! Pense no caso de dietas: muitas vezes as pessoas ficam encabuladas de dividir com amigos e parentes sua intenção de perder peso e de pedir ajuda na empreitada.

Nestes casos, deve-se tirar proveito daquilo que os especialistas têm classificado como "a última palavra em motivação": os grupos anônimos (alcoólicos, comedores, compradores, sex addict, narcóticos anônimos, jogadores, e mais um montão de compulsivos...) - afinal, pessoas com os mesmos problemas e objetivos semelhantes discutem mais abertamente seus conflitos e estratégias para que a tão desejada mudança ocorra.

Pesquisadores perguntaram a algumas pessoas que estavam fazendo uma caminhada em uma montanha qual era o tamanho da subida (quando eles ainda estavam lá embaixo). As pessoas que iam fazer o trajeto sozinhas sempre acreditavam que a distância era maior do que a real. Já aquelas que estavam acompanhadas tinham a impressão de que a caminhada era mais curta.

Segunda dica: peça ajuda! Não encare a batalha sozinho!

O escritor Brian Greene (The Elegant Universe) diz que devemos dar um passo para trás e visualizar nosso lugar no espaço e no tempo. De acordo com o escritor, uma mudança de perspectiva é tudo o que precisamos para concretizar as mudanças que queremos.

Terceira dica: imagine realidades paralelas, outros lugares que você habita. Imagine-se de diversas maneiras - mais magro, atlético, organizado. Imagine que estas características já são suas!


Agora, vamos falar das medidas que tomamos quando queremos mudar alguma coisa no nosso comportamento - geralmente utilizamos a abordagem do lado esquerdo do cérebro: contamos calorias, cortamos carboidratos, compramos patch de nicotina, procuramos alguma academia perto de casa e mais um montão de medidas racionais. Nosso lado esquerdo sabe que se a gente seguir as fórmulas a risca, tudo vai dar certo - então, por que dificilmente dá? Porque, apesar de sabermos o que precisa ser feito, é só quando sentimos o significado da mudança que as coisas passam a acontecer - precisamos utilizar a abordagem do lado direito do cérebro. "Para mudar um hábito é preciso associar seus passos a um propósito maior, algo que consiga te manter constantemente motivado", diz Daniel Pink, auto do livro "A Whole New Mind: Why Right-Brainers Will Rule the Future" .

Ele recomenda usar as habilidades do seu lado direito para prestar atenção aos momentos em que você se sente bem, vivo, energizado e estimulado. A partir de então você pode comparar estes momentos mágicos àqueles em que você acende um cigarro para aliviar o stress ou devora uma caixa de chocolates para preencher algum vazio - é nesta hora que você percebe que, enquanto os primeiros momentos são emocionalmente profundos e te proporcionam uma realização duradoura e completa, as muletas da segunda situação (cigarros e chocolates) promovem uma satisfação superficial e de pouca duração (em muitos casos acompanhada de culpa, poucos minutos depois). Uma vez que você perceba esta diferença, fica mais fácil mudar.

Então, a dica número quatro é: tome consciência dos grandes momentos, das grandes emoções. O resto é imediatismo, pequeno, não resolve nada e ainda te traz um monte de problemas.

É isso, gente. Espero que ninguém precise mudar nada, mas para aqueles que querem quebrar um círculo vicioso em suas vidas, tomara que o post sirva de inspiração!
E segunda-feira (dia de fazer o bem) tem mais...

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