2010-02-23

Como o nosso corpo reage a idéias abstratas



Este post foi inspirado numa matéria do The New York Times. Adoro este jornal - é muito bom e a versão online é bem fácil de ser navegada! Vou me corrigir: este post não foi "inspirado" no texto do jornal, foi, isto sim, quase copiado! Achei o tema interessante e nunca tinha pensado nesta conexão...Espero que vocês gostem!

Pesquisadores da Universidade de Aberdeen, USA, descobriram que nosso corpo reage de modo diferente às idéias abstratas como tempo, peso, quente, frio...

Querem ver um exemplo? Quando solicitadas a pensar em fatos passados ou imaginar o futuro, as pessoas se movem para frente ou para trás, de acordo com o nosso modo de conceituar o fluxo do tempo: se as pessoas pensavam no passado, seu corpo se inclinava levemente para trás. Já se o participante fantasiava sobre o futuro, o corpo pendia para frente. Curioso, né? Tentem isso com alguém para ver se funciona. Lembrem, no entanto, que esta inclinação do corpo é bastante sutil. Aqui em casa deu certo...

Segundo Nils Jostmann, da Universidade de Amsterdã, isso prova que o modo como processamos a informação está relacionado não somente ao cérebro, mas ao corpo todo: "Usamos todos os sistemas disponíveis para chegar a uma conclusão e dar sentido aos fatos".

Recentemente, em um estudo conduzido na Universidade de Yale, os pesquisadores dividiram 40 estudantes em dois grupos: o grupo A deveria segurar um xícara de café quente e os integrantes do grupo B ficariam com xícaras de café gelado. Em seguida, os pesquisadores pediram aos estudantes que avaliassem a personalidade de um indivíduo imaginário, com base em uma série de informações. Vejam que interessante o resultado: aqueles que seguravam o café quente tendiam a caracterizar o indivíduo imaginário como uma pessoa mais calorosa e amigável do que os estudantes do café gelado.


Outro exemplo? Quando alguns estudantes eram informados de que determinado livro era vital para o currículo, eles julgavam o livro fisicamente mais pesado do que os demais estudantes.

Em seguida, os pesquisadores queriam saber se a sensação de peso poderia influenciar as opiniões das pessoas. Estudantes foram então convidados a responder a questionários que estavam presos a pranchetas metálicas de aproximadamente 600 grs. Em algumas destas pranchetas havia um compartimento no verso, onde eram colocados vários papéis, tornando-a mais pesada (1 quilo). Assim, havia participantes segurando pranchetas leves e outros com pranchetas pesadas. Em seguida, os estudantes foram submetidos às seguintes perguntas:

1) o valor estimado de seis moedas estrangeiras desconhecidas
2) o quão importante eles consideravam que suas próprias opiniões sobre bolsa de estudo para estrangeiros fossem levadas em consideração
3) os estudantes deveriam dizer se estavam satisfeitos com a cidade e com o prefeito.

Diferença nas respostas: os estudantes que seguravam as pranchetas mais pesadas julgavam as moedas mais valiosas do que os estudantes com as pranchetas leves. Os mesmos estudantes insistiram que suas opiniões fossem sempre consideradas quando o assunto fosse as bolsas de estudos para estrangeiros. Por fim, estes participantes foram os mais críticos com relação à avaliação das condições de vida cidade e dos serviços prestados pela prefeitura!

Ficaram surpresos? Eu fiquei! Há muitos mistérios envolvendo nossas atitudes e as razões que nos levam a ter determinados tipos de comportamento!

É isso!
E amanhã tem mais!

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