2010-04-12

2ª feira é dia de fazer o bem: o morro do Bumba



“Eu pagava IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), todo mundo aqui pagava”, contou Marlene, alternando lágrimas e gestos de indignação.

"Quem ajuda o brasileiro é o próprio brasileiro". Quem sempre disse isso foi Jô Soares. E ele tem razão. Cada vez que assistimos a uma tragédia tomar conta do país, assistimos também a uma mobilização geral da população. Não tem governo, autoridade, político, ninguém que ajude mais do que o cidadão comum.

A gente fica tão comovido com as notícias que chegam pela TV (as imagens falam mais que mil palavras mesmo) que é impossível ver tudo aquilo e não fazer nada. Assim começam as iniciativas de arrecadar e organizar roupas, alimentos, calçados, enfim tudo...já imaginou o que é ficar apenas com a roupa do corpo de uma hora para a outra e ainda ser considerado um sortudo por estar vivo? É muita tisteza, principalmente considerando que tudo poderia ser evitado ou, pelo menos, minimizado. Mãs não estou aqui para falar de políticos omissos. Vou falar de gente que ajuda.

O engenheiro Paulo Roberto da Cunha, de 35 anos, e a esposa Maria Helena da Cunha, de 32, vieram de Belo Horizonte (MG) para prestar solidariedade.

“Aproveitei que tenho parentes aqui em Niterói e decidi passar o fim de semana aqui na cidade. Trouxemos uma barraca e vamos ficar por aqui até o fim da noite de domingo. Meus filhos ficaram na casa da minha sogra e estamos pedindo aos moradores e para todo mundo que vem para cá para nos ajudar com o que puder”, disse Paulo.

Com uma tenda montada em frente ao local do desabamento, um grupo de cerca de 20 pessoas da ONG Exército de Salvação distribui lanches, água e medicamentos às equipes de resgate. A ONG conta com uma equipe de nove pessoas que vieram de São Paulo além de voluntários do estado do Rio.

“Chegamos aqui nas primeiras horas de quinta-feira (8) e avaliamos a necessidade do pessoal e da tragédia. Nos deparamos com o caos e o nosso dever é fazer com que o sofrimento dessas pessoas não seja maior. Vi que precisava de ajuda e convoquei o pessoal de São Paulo, que chegou na manhã de sexta-feira”, contou Edgar Chagas, supervisor do Exército da Slavação.

Moradores da própria comunidade do Morro do Bumba também se juntaram a igrejas e escolas no apoio aos desabrigados.

E são toneladas e toneladas de doações...

É isso gente. Não tem mais muito o que dizer.
E amanhã tem mais...

PS: Não queria tocar no assunto, mas me dá um ódio quando vejo políticos e autoridades de alta patente do país falando na TV que "Deus ajude que a chuva passe". Então a responsabilidade é de Deus? Era Ele quem cobrava IPTU dos moradores do morro?

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