2010-04-16

A tal da melhor idade...


Hoje virou moda substituir o termo 3ª idade por "melhor idade". Não sei se é verdade que esta fase seja mesmo a melhor idade (porque ainda não cheguei lá), mas acho a nova expressão (marketeira) bastante simpática. E acredito que deva haver um fundo de verdade nesta qualificação...

Vejamos: se por um lado há um evidente (e inevitável) declínio físico - mesmo para o Abílio Diniz que corre, se exercita com regularidade e se alimenta corretamente, algumas coisas já não são como antes - por outro lado penso que há também a chegada de uma serenidade (não confundir com placidez, estado de contemplação, modorra, chatice), uma auto-confiança, um sentimento de "eu so mais eu" que é impossível alcançar quando se é mais jovem, quando a opinião dos outros sobre a gente tem um peso enooorrrrme.

Este também é um período de libertação: os filhos já estão criados, vivendo em suas casas, deixando o indivíduo da "melhor idade" sem o peso da responsabilidade de horários e rotinas rígidas. Muitos já estão aposentados e portanto sem necessidade de viver a loucura diária de trânsito, trabalho, competição, resultados.

Enfim, tudo isso forma um cenário suave, idílico - mas devo confessar que tenho receio de ser um cenário suave demais. Queria assim, dedicar este post àqueles que estão nesta fase da vida mas que fazem questão de ser diferentes. Sim, porque muita gente (muita mesmo) está percebendo que a vida pós-aposentadoria não precisa ser necessariamente um lento declínio - há, ainda, muita coisa a ser conquistada, aprendida, muito trabalho a ser feito, muita aventura a ser vivida. Penso que tudo depende de você encontrar aquilo que te dá prazer na vida: pode ser a sua profissão de sempre, uma vocação nova, viajar, descobrir um novo talento.

Meus pais são um exemplo disso: trabalharam a vida toda e hoje, aposentados, viajam sem parar. Ficam três meses em casa e um mês fora, o ano todo. Estão vivendo a aventura de suas vidas agora.

Plácido Domingo, 69 anos, ainda rege, canta e dirige duas grandes óperas. Para ele seu trabalho é sua vida, foi sempre uma fonte de enorme prazer, por isso ele continua a exercê-la e deve permanecer assim até quando lhe for permitido.

A ativista russa Liudmila Alexeieva, 82, foi presa tantas vezes por organizar protestos nos últimos 43 anos que virou especialista em atazanar a antipática KGB. Alguém consegue imaginá-la no papel de vovozinha assando bolos para os netos? A mulher deve ser uma fera!

Anthony Mancinelli, 98 anos,  foi declarado pelo "Guiness" como o barbeiro mais velho do mundo (ele ainda corta seu próprio cabelo). Vamos torcer apenas para que a vista dele continue boa e seu controle motor impecável. O barbeiro afrima categórico: "não estou nem considerando a aposentadoria porque vir trabalhar é o que me mantém vivo". Também acho.

E aí temos aquelas pessoas que "se recusam" a envelhecer. Vocês já viram como está a Raquel Welch? Ela sempre foi lindo, um arraso, e agora, aos 69 anos ela está assim - vejam foto ao lado, tirada recentemente para o lançamento de seu livro...a mulher continua ma-ra-vi-lho-sa!! Não é inacreditável? E a Jane Fonda? Outra linda também.

Mas, para não ficar só nas celebridades lindas, trouxe também umas fotos de gente comum que está envelhecendo sem perder a beleza. Não tenho razão? Nenhuma delas parece ter a idade que tem, né?




Do ponto de vista científico, novas pesquisas têm mostrado que a mente continua se desenvolvendo até o final da vida adulta - se mantido em boa forma, o cérebro pode continuar a construir caminhos que ajudam seu dono a reconhecer padrões e, como consequência, ver significado e até soluções muito mais rapidamente do que um jovem consegue.

É isso gente. Quero chegar lá tão bonita e ativa como estas mulheres.
E amanhã tem mais...

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