2010-04-08

A Casa Terapêutica




Ontem escrevi sobre o código cultural para lar nos Estados Unidos e confesso que fiquei com vontade de continuar com o assunto casa!


Vocês acreditam em Feng Shui, fluxos de energia positiva e negativa e que a energia circula melhor em ambientes limpos e arrumados? Eu acredito...

Pois bem, pensando no assunto eu comprei um livro bem interessante chamado “A Casa Terapêutica – Como replanejar a casa pode mudar sua vida” (The Emotional House). Eu achei o livro tão inspirador que resolvi usar este espaço para dividir com vocês algumas idéias e conceitos defendidos pelas autoras. Você pode até achar que é tudo bobagem, mas que morar numa casa arrumadinha deixa a gente mais feliz, lá isso deixa.

Como não dá para discutir o livro todo (um dia ainda vou fundar um BookClub e moderar os debates) vou me concentrar no capítulo doze: “O modo de vida dita o estilo da decoração”.

O texto começa com uma frase bem direta: “Pare de lutar contra seus hábitos. Aceite quem você é e crie um ambiente que combine com sua pessoa”. Aqui já tive que parar, refletir e me aceitar – sim, sou uma pessoa que gosta de assistir televisão devorando quitutes, pintando as unhas, escrevendo...portanto adeus sofás e tapetes brancos, almofadas de seda. Tudo isso ficaria melhor na sala de visitas – que são mais educadas que eu e não vão virar uma taça de vinho no tecido (assim espero!).

Tenho filhos e animais que nem sempre respeitam a decoração de casa e os limites que estabeleço para a convivência – assim, apesar de não abrir mão (nunca, jamais) da beleza, estou tornando a minha casa mais prática!

Sabe um outro ponto que o livro aborda? Todos os cômodos da casa devem ser usados. Nada de deixar uma sala bonita intocada com medo de sujá-la (fiz isso por tantos anos!). Tudo tem que ser usado – nas palavras da autora “uma casa-vitrine não é um lar. Use-a ou deixe-a”. Por outro lado, uma coisa da qual sempre fiz questão é de usar minhas louças e meus copos sem economizar. Não agüento aquela história de guardar para uma ocasião especial...especial somos nós, minha família. Todo dia arrumo uma mesa bem bonita para o jantar e ultimamente meus filhos tem até acendido uma velinha na mesa para o ambiente ficar mais charmoso – fofos, né? Assim a gente se demora mais à mesa, a comida parece que fica mais gostosa e nos sentimos especiais.

Voltando ao livro, o próximo tema são os três passos para resolver conflitos de modo de vida.

O primeiro deles diz respeito às correções necessárias na função de um cômodo. É assim: se sua sala de jantar está atulhada de livros e mochilas escolares, você está comprometendo um ambiente muito importante de convívio familiar. Tire tudo dali! Este cômodo está sendo mal utilizado. Resgate sua função original: ali é um espaço para você, sua família e seus amigos se sentarem e desfrutarem de uma deliciosa refeição enquanto conversam sobre a vida.

O segundo passo, “aumentar o espaço onde guardar as coisas”, é comum a todos nós, não é? A gente sempre precisa de mais espaço, mais prateleiras, mais gavetas... Mesmo assim, há que se achar uma solução. Eu ODEIO mesas e escrivaninhas apinhadas de papéis, correspondências, contas, revistas velhas. Esta visão já desanima e não deixa ninguém pensar direito – o ambiente reprime a criatividade. O que fazer? Compre mais cestos de lixo – deixe um ao lado de sua mesa de trabalho e você vai ver como muito menos coisas ficarão empilhadas por aí. Outra solução barata são aquelas caixas coloridas e bonitas (com tampa) que estão a venda em qualquer grande loja (Lerroy Merlin, Etna, Tok&Stock). Além de práticas elas formam um visual bonito.

Terceiro passo: acrescentar ou mudar móveis! Eu adoro esta etapa!! Mudar alguma coisa de lugar ou mesmo comprar uma mesinha de apoio que vai embelezar um cantinho de sua sala e, ainda por cima, exibir aquele castiçal lindo que você tem e não sabe onde por...é o máximo! Já dá outra cara para a sua casa. No livro eles recomendam também que você analise se estes móveis ainda refletem a pessoa que você é (você pode ter mudado muito desde o dia em que os comprou). Móveis que vão me fazer feliz também não podem exigir muita manutenção – não tenho tempo! Outra coisa que dá um sopro de novidade em casa? Trocar os tecidos do sofá. Já fiz isso várias vezes e nunca me arrependi. Reformar o que já temos é uma grande solução! Uma vez ganhei uma mesinha de centro que minha mãe mantinha na sala dela havia anos. No entanto, eu só gostava mesmo dos pés da mesa. Sabe o que eu fiz? Arranquei o tampo de madeira e substitui por um de vidro, que além de conferir leveza ao móvel ainda permitiu que os pés da mesa ficassem em evidência. Ficou lindo e minha mãe pegou a mesa de volta...

Por fim, a coisa que mais detesto: gente que copia a decoração e as idéias dos outros. Tem gente que decora sua casa exatamente como uma foto de revista – totalmente impessoal e cafona– e outros que vem até a sua casa e depois repetem seus conceitos na própria residência. Tenho um ódio deste plágio! Não vou entrar em detalhes aqui porque não seria elegante, mas que isso acontece, ah, acontece!

É isso gente. Para quem gostou do post, recomendo o livro que é bem melhor.

E amanhã tem mais...




3 comentários:

  1. Adorei seu post... muito simpática... só não precisa ter tanto ódio em seu coraçãozinho... rsrsrs
    Estou procurando esse livro pra ler, mas em todos os lugares os estoques estão esgotados (provavelmente porque saiu na Bons Fluidos desse mês...), mas adorei suas dicas!!!
    Abraços,
    Débora.

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  2. Sem querer te COPIAR(ksks), mas eu gostaria de ter esse gosto em mudar... entra ano sai ano, minha casa tem sido a mesma bagunça. Me esforço pra organizar. Acho que agora vai! Vi esse livro no shopping. Amanhã mesmo vou comprar. Rosane, Distrito Federal

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  3. Estou passando por uma situação parecida, fiz a decoração da minha casa com minha cara, meu jeito e detalhes que gosto. Um casal sem personalidade, copiou todos os detalhes, inclusive lustre, entre muitos outros detalhes.
    Gente que situação chata!!!
    Se não tem criatividade, contrata um decorador, ou que copie de uma revista, mas não de um parente próximo!!!
    Alguém de Sorocaba.

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