Fonte: The New York Times
Hoje vou falar sobre o novo mega lançamento da Apple - o Ipad - e a consequente enxurrada de novos aplicativos e softwares que o acompanham.
Por enquanto, já há uma nova versão do software de desenhos Brushes, um jogo de tiro chamado Nova, e o IBooks, que conecta o aparelho à livraria da marca. A princípio, a tendência é a gente achar que haverá uma migração em massa aos novos produtos e aplicativos, mas o que acontecerá na realidade é bem diferente: os novos programas só farão as pessoas se sentirem mais sobrecarregadas do que se sentem!
Claro que não me refiro aos livros eletrônicos - estes, acredito que tenham vindo para ficar e não vejo a hora de comprar um aparelho que me permita ler sem a necessidade de fazer espaço em casa para mais um livro.
Mas, voltando ao assunto, a sensação é conhecida: sempre que compro um celular ou um novo aparelho eletrônico, sou acometida pelo sentimento de culpa por não ter lido o manual e portanto não estar utilizando o produto em sua melhor forma. Celulares costumam ter recursos que não conheço e que não utilizo - até que uma alma caridosa me ensine e eu perceba como a vida poderia ter sido mais fácil até ali...
O mesmo acontece agora com o Ipad - os consumidores terão que aprender a usá-lo e a seus recursos, caso contrário serão sufocados pela idéia de ter pago caro por mais uma bugiganga e não estar aproveitando tudo o que ela oferece. É mais ou menos como a pessoa que assina uma TV a cabo com duzentos canais mas só assiste os mesmos três todos os dias - esta pessoa paga, não usa e não sabe o que está perdendo!
Querem ver um exemplo? A americana Caroline Cua, 27 anos, tem um Iphone em que baixou apenas cinco programas - ela está dentro da média de proprietários do aparelho, que utilizam de 5 a 10 aplicativos. Caroline está feliz com os que tem, já que são exatamente o que ela precisa. Quantos aplicativos de Iphones há no mercado? 140 mil...(há até programas que preveem o sobrevoo de asteróides!?!). Daí vem aquela sensação conhecida de todos nós (eu pelo menos conheço): a sensação de que estou perdendo algo que eu não sabia que precisava.
Antes de terminar, queria dizer que pesquisei (eu AMO a Internet) e trouxe para vocês uma relação dos aplicativos mais estranhos para Iphone:
1) IFart: aplicativo que imita o som de gases intestinais. Há todo o tipo de ruído - tudo muito fino, elegante e de bom gosto. Ideal para criar situações constrangedoras.
2) Baby Shaker (inacreditável): a Apple sofreu duras críticas por este lançamento MICO - a empresa chegou a se desculpar publicamente pelo mau gosto. A brincadeira consistia em chacoalhar o aparelho cada vez que o bebê do aplicativo chorava. Para silenciá-lo, era preciso sacudir fortemente o equipamento, até que a imagem do bebê aparecesse com dois X na frente dos olhos, como se estivesse morto. Lindo, né? Pergunta: quem compra isso???
3) I Beer: simula um copo de cerveja e vem com um "acelerômetro" de ingestão de bebida. Conforme você movimenta o aparelho em direção à sua boca, ele mostra a quantidade de bebida que foi "ingerida" e o quanto o bebedor é rápido de gargalo. Muito, muito útil, não?
4)Influenza: o aplicativo fornece alertas e boletins sobre a gripe suína, enviados diretamente de um centro de controle de doenças que atualiza os dados. Francamente...
5) Belly Button (umbigo): várias imagens de umbigos, você escolhe uma e também uma voz correspondente. Sim, o umbigo fala e ri.
6) Pimple Popper (espremedor de espinhas): você instala um aplicativo que traz "espinhas" para você espremer...um nojo, um nojo, um asco!
7) Hang Time: para medir quanto tempo seu aparelho leva para cair no chão. Sim, você é estimulado a jogar o telefone para o alto enquanto o aplicativo cronometra o tempo que ele está no ar. Não dá para viver sem esta informação, né?
É isso, gente.
E amanhã tem mais...
2010-04-06
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