
Fonte: O Código Cultural, de Clotaire Rapaille
O título deste post refere-se ao nome de um livro que li há uns dois anos e que achei fascinante. O autor, Dr. Rapaille, é um antropólogo que defende a idéia de que todo nós adquirimos um sistema silencioso de códigos à medida que crescemos em determinada cultura. Estes códigos - o Código Cultural - são os que nos fazem ser americanos, brasileiros, alemães e formatam invisivelmente a maneira como nos comportamos em nossa vida, mesmo quando desconhecemos os motivos que nos levam a agir da maneira que agimos. Vou dividir com vocês o que o autor fala no capítulo "Os códigos para comida e bebidas". É bastante curioso. Vale lembrar que o Dr.Rapaille é francês e que neste capítulo ele faz uma comparação entre a maneira como os franceses se relacionam com a comida e o modo de os americanos tratarem o assunto.

Se você já esteve nos Estados Unidos deve lembrar que mesmo em restaurante normais - aqueles com cardápio e preços cobrados de acordo com o que se consome - a porções são
extremamente generosas (para nós brasileiros um prato sempre é suficiente para duas pessoas). Sendo assim, por que ainda se faz necessário um restaurante "all you can eat"? De onde vem tanto furor pela comilança? Já no outro continente, as porções francesas são sempre pequenas (às vezes, pequenas demais!). Ainda, segundo o autor (e não há como a gente dizer que ele está errado), sair para jantar é uma experiência inteiramente diferente dependendo se você está na América ou na França (não estou aqui fazendo nenhum juízo de valor da culinária de qualquer um dos países ou da maneira como cada um se relaciona om o assunto).

Num restaurante tipo buffet, um americano enche seu prato com uma quantidade imensa de alimentos e não se importa se está misturando saladas, carne e massas - para ele, esta é a maneira mais rápida e eficiente de se servir e de comer. Já os franceses comem cada alimento em um prato diferente, evitando que sabores e aromas se misturem, nem que para isso precisem ficar horas à mesa. Os americanos terminam uma refeição dizendo "estou cheio" ("I'm full"). Já para os franceses a frase é "estava delicioso" (não sei traduzir para o francês. Se alguém souber me mande que eu coloco no texto).


Por fim, para terminar, falemos mais um pouco sobre a pressa dos americanos: este povo não gosta de perder tempo e não é raro ve-los comendo enquanto andam ou dirigem. Psquisas indicam que o americano médio gasta 6 minutos com seu almoço.
É isso. Espero que tenham gostado.
Vou voltar a escrever sobre este livro e suas idéias em outros posts.
Agora vou tomar um café da manhã beeemm demorado
E amanhã tem mais....
Muito bom , adorei. Faz todo sentido
ResponderExcluirOlívia,
ResponderExcluirQue bom que você gostou!
Vou trazer outros exmplos em futuros posts. Bj
Gostei muito do texto, parabéns.
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